Um fenômeno chamado BIG 3

Na metade da primeira década deste século iniciou a formação de um trio que mudaria completamente o conceito de rivalidade, quebra de recordes, volume de conquistas e longevidade no mundo do tennis.

Big 3: a história

Tudo começou a tomar forma em 2001 quando Roger Federer, ainda com 19 anos, chocou o mundo ao destronar o rei da grama, Pete Sampras, interrompendo uma sequência de quatro títulos seguidos do americano heptacampeão do torneio. Em 2003 viria o primeiro Grand Slam do suíço, que em 2007 seria pentacampeão seguido do torneio. Os títulos de 2009, 2012 e 2017 fizeram de Federer o novo rei do piso, com oito conquistas na grama sagrada do All England Club.
Roger Federer e o troféu de Wimbledon. Uma imagem que se repetiu oito vezes.

A sequência do suíço só não foi mais avassaladora devido ao vice-campeonato em 2008 quando foi superado por Rafael Nadal, o segundo membro do temido Big 3.

Aproximadamente cinco anos mais novo, o espanhol já era destaque no momento, tendo em seu cartel de conquistas o tetracampeonato em Roland Garros, sequência iniciada em 2005, onde por três anos seguidos bateu o então número 1 do mundo, Roger Federer. Isso tudo, somado a duas finais consecutivas em Wimbledon, nos anos de 2006 e 2007, perdidas justamente para o tenista suíço, colocava ambos como “os caras a serem batidos” no cenário do tênis naquele momento.

 

Rafael Nadal começava a construir uma supremacia que parece insuperável na terra batida.

O nascimento do Big 3

As temporadas de 2007 e 2008 foram, inegavelmente, o ponto de partida. Estava oficializado o nascimento do Big 3. Em julho de 2007, o sérvio Novak Djokovic, então com 20 anos, chegava ao posto de 3º melhor tenista do mundo, onde permaneceu por aproximadamente 2 anos e meio, quando em janeiro de 2010 assumiu o 2º lugar e deixou claro que não tinha a menor intenção de ser apenas uma sombra para Federer e Nadal.

Uma final de Us Open em 2007 anunciava que ele estava pronto para seu primeiro Major, que veio logo em seguida no solo australiano em janeiro de 2008. A conquista do Australian Open foi a primeira de nove. Se Federer tem seu reinado em Londres e Nadal tem seu reinado em Paris, em Melbourne, Djokovic é incontestável.

Novak Djokovic é imbatível quando chega às semifinais do Australian Open. Nove vezes, nove finais, nove títulos.

Depois de seu primeiro título de Major em 2008, o sérvio passou dois anos longe de tais conquistas, nas temporadas de 2009 e 2010, onde foi somente vice-campeão do Us Open 2010, quando Nadal completou o Grand Slam, por vencer ao menos um título nos quatro pisos diferentes.

Porém, a partir da temporada 2011, foi protagonista da década e venceu ao menos um Slam em todas as temporadas, salvo 2017, e assim igualou na temporada atual os 20 Majors de Roger Federer, que atingiu a marca no Australian Open de 2018, e de Rafael Nadal, que atingiu a marca em Roland Garros 2020. São 60 Grand Slams divididos em três sobrenomes! Se considerarmos que são quatro etapas por ano, veremos que por 15 anos esse trio não deu margem para que outros nomes conseguissem números expressivos nos mais cobiçados troféus do esporte. Números avassaladores, recordes em cima de recordes, carreiras longas e muito vitoriosas. Esses quatro pontos fazem do Big 3 os três maiores nomes da história do tennis.

É isso que discutiremos nessa série de textos que se inicia hoje e fará uma viagem no tempo, na história do tênis, para posteriormente trazer vocês de volta para o futuro! Afinal, Federer inevitavelmente caminha para o fim de sua extensa carreira, mas Nadal e Djokovic demonstram que ainda tem muita lenha para queimar!

Escrito por Thiago BöttcherAgência 8ponto6

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